Os móveis planejados são uma ótima maneira de aproveitar melhor o espaço de um ambiente. Como neste caso tudo é pensado de maneira exclusiva para um projeto, o espaço é melhor aproveitado e é possível fazer alterações para adaptar tudo à sua necessidade. Ao final de todo este processo, você tem em sua casa uma mobília completamente personalizada no estilo que desejar.
As opções neste mundo dos móveis planejados são bastante variadas, o que provavelmente pode deixar você com aquela sensação de “não sei por onde começar”. Neste momento, ficar atento ao que você deseja, realizar orçamentos em vários lugares e levar em conta também as suas possibilidades são medidas indispensáveis para não ter surpresas negativas.
Banheiro, quarto, cozinha, sala, despensa, lavanderia, garagem ou varanda: não há um cômodo da casa sequer que não possa ser totalmente planejado para ficar exatamente do jeito que você quer. Então, nós preparamos 11 dicas que vão servir de base para deixar os seus ambientes personalizados, com estilo e aproveitando bem todo o espaço ao seu dispor.
1. Para começar, defina o que você quer
O passo inicial quando se pensa em móveis planejados é, de fato, o planejamento. Por mais óbvio que isso pareça, é importante ficar atento a tudo o que você deseja em relação aos seus móveis quanto a modelos, estilos, conceitos e por aí vai. Esse passo é essencial e vai guiar todos os demais.
Depois disso, tenha em mente que o ideal é avaliar a praticidade e o conforto que os móveis precisam oferecer. “Você deve pensar em quais são as necessidades específicas da sua família, visando criar um ambiente agradável e que atenda ao seu dia a dia”, sugere Milton Gadioli, sócio-diretor da loja de móveis planejados Tokstil.
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Outro ponto importantíssimo para ser levado em conta é o espaço do qual você dispõe para a instalação dos móveis, detalhe crucial para que tudo funcione bem. “Quanto menor o imóvel, mais importante é o planejamento para se comprar os móveis e obter um aproveitamento melhor do espaço”, comenta a arquiteta Tatiana Valério, da Inspirate Arqutitetura.
Mais um passo essencial que você deve tomar é avaliar a questão da disponibilidade de recursos. Se você dispõe de dinheiro o suficiente para mobiliar toda a casa, por exemplo, não é preciso necessariamente dar prioridade para algum cômodo em específico. Porém, se a grana estiver curta, tente avaliar quais espaços necessitam com mais urgência dos móveis. Vale lembrar que não há um cômodo que custe obrigatoriamente mais do que outro, pois o valor final sempre depende fatores como tamanho e tipo de material aplicado.
2. Realize orçamentos com todas as informações em mãos
Tendo um esboço da sua ideia, agora é a hora de passar para uma outra parte complicada: a dos orçamentos. Com aquilo que você quer mais ou menos lapidado, contate lojas, converse com vendedores e tente ter a visão mais precisa possível de quanto tudo vai sair.
Para facilitar a negociação, o ideal é ter em mãos as medidas do lugar onde serão instalados os móveis. É lógico que uma medição será feita pelos profissionais contratados, mas você ter esses dados ao seu dispor facilita bastante a negociação junto aos vendedores.
Se informar sobre materiais e cores alternativas também é uma dica excelente para conseguir opções com preços distintos. Não se acanhe também em questionar o vendedor sobre a possível existência de alternativas mais em conta em relação àqueles oferecidos inicialmente por ele.
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3. Agora, defina como quer cada ambiente
Pensar em como cada ambiente deve ficar pode ser mais complicado do que parece quando você não tem nenhum referencial, assim, vasculhar a internet em busca de inspiração é altamente aconselhável. De qualquer maneira, o importante é ter algumas ideias em mente quando você vai conversar com o vendedor.
“O ideal é levar em conta se o planejado escolhido tem o estilo e consegue passar tudo o que você deseja em relação a cores, formas, personalidade e custos”, explica a arquiteta Thaís Kalitin, da Kalitin Interiores. Desta maneira, quando você for negociar com o atendente de uma loja, avalie as opções mostradas por ele sempre levando em conta aquilo que você quer para a sua casa.
Um ponto importante é saber receber as dicas do vendedor, mas tendo em mente se tudo aquilo será realmente útil em seu espaço e o quanto um estilo combina com você, por exemplo. É claro que um profissional da área vai ter dicas valiosas, então o importante é saber balancear tudo antes de tomar uma decisão.
4. Você não é obrigado a fechar com a primeira loja
Esta dica é geral para basicamente qualquer processo de compra, especialmente aquelas que despendem mais dinheiro: faça vários orçamentos. Evite comprar na primeira loja antes de conferir o preço em outros estabelecimentos — por isso também é importante ter as medidas ao menos aproximadas do espaço que você quer mobiliar.
Além disso, as empresas não costumam descartar projetos assim, de uma hora para outra. Quando elas realizam uma projeção daquilo que pode vir a ser o seu espaço mobiliado, este material fica guardado por algum tempo justamente para o caso de você dar sequência à negociação. Então, pense com calma, analise as opções e se decida pela que atende às suas necessidades.
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Lembre-se também de verificar se uma empresa não cobre ofertas oferecidas por outras, isso também sempre pode ser decisivo para gastar um pouco menos. É preciso avaliar inúmeros detalhes aqui também, como prazos oferecidos, reputação e materiais utilizados pelos profissionais para escolher qual loja vai trazer os seus móveis dos sonhos para a realidade.
5. Móveis planejados são muito caros?
Você já deve imaginar que a resposta para esta pergunta varia bastante conforme uma série de fatores como tamanho dos móveis e materiais aplicados neles, mas nós tentaremos ajudar. Aqui, o importante é destacar que móveis planejados são personalizados, logo tendem a ser sensivelmente mais caros do que aqueles de linha padronizados.
Às vezes, móveis adquiridos para instalação em um espaço amplo acabam saindo proporcionalmente mais em conta justamente pela maior facilidade na elaboração e execução do projeto. Espaços reduzidos costumam ser mais desafiadores, o que pode aumentar o custo de uma obra.
Assim, mais uma vez, responder se o valor final será alto vai depender daquilo que você procura. Você quer apenas armários para um quarto ou quer também cama e escrivaninha? A sua cozinha tem espaço reduzido e você precisa de vários armários e nichos? Tudo isso vai influenciar no preço final, então é preciso ficar bastante atento e realizar vários orçamentos para ter uma ideia do que é caro.
6. Quais são as cores mais em conta?
Ainda no âmbito de quanto custa adquirir móveis planejados para a sua casa, chegamos em um ponto muito importante: a cor. “O branco, sem dúvida, é o mais em conta”, garante Milton Gadioli. “Ele também é muito utilizado pela leveza que traz ao ambiente”, prossegue o diretor da Tokstil, reafirmando a ideia de que a cor branca vai bem com quase tudo.
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Um exemplo prático e real: um orçamento de armário de R$ 16 mil com caixaria escura e portas claras caiu pela metade do preço com a caixaria em branco e as portas escuras. Então, a dica é sempre conversar com o vendedor e deixar claro o quanto você está disposto a pagar. Isso ajuda a adaptar as opções da loja ao seu bolso.
Se você quer algo diferente do branco no seu quarto, por exemplo, uma boa dica para reduzir os custos totais é optar pelo branco em cômodos “secundários” da casa, como quarto de hóspedes ou mesmo o escritório. Combinar os móveis predominantemente brancos com paredes coloridas ou papéis de parede pode ser uma boa saída para deixar o seu espaço estiloso e bem em conta.
Caso você esteja mais preocupado com as tendências atuais do que com o preço em si, algumas cores estão bastante em voga neste momento. “O cinza, a madeira e o metal são os queridinhos deste ano”, destaca Deisi Maus, diretora da Sandrin Ambientes Planejados. “Além disso, a laca metalizada e o cobre têm aparecido bastante nos ambientes”, complementa a profissional.
7. Quais são as madeiras mais em conta?
Quando se fala em materiais que combinam preço acessível e qualidade, o MDF (sigla em inglês para placa de fibra de densidade média) é o nome da vez. “Ele é muito mais fácil de trabalhar e também mais barato”, comenta a arquiteta Thais Kalitin. Já Gadioli aponta ainda outras vantagens deste tipo de material. “Indiscutivelmente, hoje, o MDF domina o mercado por sua praticidade de manutenção e diversidade de padrões lisos e madeirados”, destaca o profissional.
Apesar de todo o preconceito em torno de si, este é um material resistente e que pode ser muito bem-vindo em sua mobília. Ele tem alguns problemas quanto a desmontagem e remontagem, mas quando estamos falando de um móvel que provavelmente jamais será desmontado e reutilizado, este problema não existe.
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8. Puxadores mais simples reduzem bastante os valores de planejados
Se você procura um puxador cheio de pompa, é provável que vá desembolsar alguns reais a mais por peça. Entretanto, atualmente existem várias opções mais em conta e que não abrem mão da beleza. “Uma das grandes tendências é o uso de puxadores tipo perfil, que estão inseridos no próprio MDF e não instalados sobre a porta”, comenta Gadioli.
Então, as opções que você tem são puxadores embutidos ou sobrepostos. Os preços vão variar conforme material e espessura: por exemplo, um puxador embutido de aço inox prata de 51 milímetros sai por R$ 69,90 no site da Leroy Merlin. Na mesma loja, é possível encontrar puxadores externos de vários outros materiais, como plástico, madeira ou resina.
As peças de plástico costumam ser as mais baratas, porém, obviamente, também são as menos resistentes. Assim, as de alumínio e de madeira aparecem como as melhores relações entre custo e benefício. A título de comparação, na loja virtual da Leroy Merlin é possível encontrar puxadores de madeira a partir de R$ 8,29 e de alumínio a partir de R$ R$ 20,90 (preços verificados em 7 de fevereiro de 2017).
Então, a dica aqui é avaliar qual tipo de puxador combina com o seu móvel. Optar por peças mais simples em móveis em cômodos menos utilizados, por exemplo, pode ser uma boa dica para reduzir o custo geral da obra.
9. Portas basculantes são mais caras
Outros detalhes que podem encarecer o projeto dos móveis planejados envolvem a utilização de portas basculantes — as portas que abrem para cima e se mantém assim apoiadas em amortecedores. Os preços variam de acordo com cada loja, mas este tipo de material pode sair de 20% a 30% mais caro do que as portas convencionais.
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Além disso, outro ponto bem importante que deve ser levado em conta quando você pensa em uma porta basculante é a altura das pessoas que vão usar o espaço corriqueiramente. Imagine uma cozinha na qual você guarda alguns utensílios no alto em uma porta que abre para cima: fechá-la pode ser um ato bastante trabalhoso.
De qualquer maneira, se você optar por este tipo de móvel, uma alternativa mais em conta é escolher amortecedores pneumáticos. É possível encontrar opções com diferentes capacidades a partir de R$ 20, dependendo da região em que você se encontra. Mais uma vez, pesquisar bem e conversar com o vendedor pode ser extremamente útil para economizar algumas centenas de reais em todo o projeto.
10. Será que você precisa mesmo mandar planejar aquele móvel?
Ao pensar na mobília da sua casa, a ideia dos móveis planejados parece sempre a melhor de todas. Contudo, uma boa avaliação das opções para ao menos parte da sua decoração pode reduzir os custos sem deixar de lado o estilo e a praticidade. Mais um exemplo real: enquanto um rack com painel feito sob medida foi orçado em R$ 4 mil, um móvel semelhante já pronto, bonito e de qualidade saiu por R$ 2 mil. Uma economia assim faz valer a pena dar uma bela pesquisada antes de fechar negócio.
E se você ainda assim procura algo mais personalizado, ir em busca de lojas e profissionais da área de decoração também pode ajudar. Para arquiteta Tatiana Valério, “contratar a consultoria de um profissional ou procurar lojas de fast design é o ideal nestes casos, pois eles oferecem uma mistura interessante entre personalização e custos reduzidos”.
Já para a arquiteta Thais Kalitin, a dica é não dispensar uma ida a um bom marceneiro. “A marcenaria consegue executar muitas coisas até melhores do que os planejados, pois está livre de módulos e executa o móvel do tamanho exato que o cliente precisa, com materiais mais em conta e tão bonitos quanto os planejados”, sugere a profissional.
11. Não desmaie com os valores
Se depois de todas essas dicas você está convicto na opção pelos móveis planejados, prepare-se para pagar a conta. O valor provavelmente será alto, então o importante é avaliar quais as suas reais necessidades para não sair do orçamento. Como dito anteriormente, os profissionais da área destacam que não há exatamente um cômodo mais caro do que outro, pois tudo vai depender do projeto e daquilo que você quer para o espaço.
Aqui, o importante é tentar sempre fugir do provisório, porque ir por este caminho às vezes acaba gerando mais custos do que investir um pouco mais em algo definitivo uma só vez. Muitas vezes, as condições de financiamento pela Caixa Econômica Federal ou de parcelamento oferecidos pela loja são saídas interessantes para isso.
Quem tem condições de pagar tudo à vista tem aí uma ótima carta na manga para negociar. Pagamentos feitos de uma vez só no ato da compra tendem a permitir uma margem de desconto um pouco maior por parte dos lojistas, então saiba usar isso a seu favor — mesmo que seja pagando parte do projeto à vista e com desconto e o restante em parcelas, por exemplo.
Mobiliar a casa ou o escritório com móveis planejados é uma saída interessante porque permite aproveitar bem o espaço ao seu dispor e também garante que tudo saia do seu gosto. Avaliar bem as opções, fazer orçamentos em várias lojas e conversar bastante com quem vai elaborar o projeto para você são itens essenciais para que, ao final, tudo atenda às suas necessidades.
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